Tire suas sapatilhas chegou a sua hora bailarina...
quarta-feira, 16 de junho de 2010
"Então vieram os homens, quatro desta vez. Dois deles puseram os joelhos sobre nossos peitos, enquanto os outros dois enfiavam agulhas em nossas veias. Antes de cairmos outra vez no poço acolchoado de branco, ainda conseguimos sorrir um para o outro, estender os dedos para nossos cabelos e, com os indicadores e polegares unidos, ao mesmo tempo, com muito cuidado, apanhar cada um uma borboleta. Essa era tão vermelha que parecia sangrar."
Caio Fernado Abreu
quarta-feira, 2 de junho de 2010
O alcool nos deixa cada vez mais leves para nos espressar a respeito do nosso sentimento, do que estamos vivndo hoje, da nossa autonomia a respeito dos nossos pais....
Pois o que ganhamos quando ficamos mais velhos é apenas um ano a mais, o nosso respeito e a nossa informação a respeito do mundo e de tudo é construida com o passar dos tempos e com os nossos amigos... Obrigados a todos que me ajudaram!
Eu estou Bêbado não levem em consideração os erros de português!
Eu estou Bêbado não levem em consideração os erros de português!
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
Fala do velho do restelo ao astronauta
Aqui, na Terra, a fome continua,
A miséria, o luto, e outra vez a fome.
Acendemos cigarros em fogos de napalme
E dizemos amor sem saber o que seja.
Mas fizemos de ti a prova da riqueza,
E também da pobreza, e da fome outra vez.
E pusemos em ti sei lá bem que desejo
De mais alto que nós, e melhor e mais puro.
No jornal, de olhos tensos, soletramos
As vertigens do espaço e maravilhas:
Oceanos salgados que circundam
Ilhas mortas de sede, onde não chove.
Mas o mundo, astronauta, é boa mesa
Onde come, brincando, só a fome,
Só a fome, astronauta, só a fome,
E são brinquedos as bombas de napalme.
Aqui, na Terra, a fome continua,
A miséria, o luto, e outra vez a fome.
Acendemos cigarros em fogos de napalme
E dizemos amor sem saber o que seja.
Mas fizemos de ti a prova da riqueza,
E também da pobreza, e da fome outra vez.
E pusemos em ti sei lá bem que desejo
De mais alto que nós, e melhor e mais puro.
No jornal, de olhos tensos, soletramos
As vertigens do espaço e maravilhas:
Oceanos salgados que circundam
Ilhas mortas de sede, onde não chove.
Mas o mundo, astronauta, é boa mesa
Onde come, brincando, só a fome,
Só a fome, astronauta, só a fome,
E são brinquedos as bombas de napalme.
( José Saramago )
quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
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