quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Sentir-se


Sexta feira, 6:00 am, dia de chuva.
O relógio desperta e começa sua rotina de sempre, tomar banho, escovar os dentes, tomar café e ir para o trampo.
Depois de fazer as coisas rotineiras escuta-se um barulho de chuva. E agora?! Sem carro, sem grana para um táxi, o que fazer pra ir trampar.
volta a seu quarto para pegar o guarda-chuva.Olha pra cama e sente uma enorme excitação. A tempo não sente prazer consigo mesmo. O tempo não esta lhe dando momentos de prazer sozinho.
Olha para o relógio, 7:00 falta uma hora pra o horário de expediente, aquela vontade simultânea de não ir para o trabalho e ficar na cama tendo prazer com o seu corpo.
Mas e o trampo, você é pago pra dar-se ao seu chefe, sentir prazer com ele e dar prazer para a empresa. Mas na real você nunca sentiu prazer naquele lugar, esta la por causa da grana, e esta cansado de fingir orgasmos intelectuais,mas esta la pra dar prazer.
Cama,
Trampo,
Prazer,
Camaeprazer,
Trampoegrana.
7:30 e agora?!?!?!


...

3 comentários:

  1. João, bom conto... bem político, mas também individual... Adorei o fim, "7:30 e agora?"

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  2. Não temos tempo pra ter prazer com nada, nem com a nossa própria individualidade. Mas é assim que é, né... Ninguém disse que o capitalismo seria um mar de rosas! Huhauiohaiu!
    No mais, gostei do conto. Delicado, porém modesto. =)

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